Um novo relatório publicado na revista médica The Lancet acendeu o alerta: o corte na ajuda humanitária externa dos Estados Unidos pode causar mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030.

Segundo os pesquisadores, um terço dessas mortes precoces atingiria crianças — cujos sistemas imunológicos ainda estão em formação.

O contexto

As mudanças fazem parte da política “America First” do novo governo americano, que tem como prioridade reduzir gastos externos.

Como consequência, mais de 80% dos programas da USAID foram cancelados. A USAID é a agência responsável por projetos humanitários dos EUA em países estrangeiros.

E não é só isso: Reino Unido, França e Alemanha também seguiram o mesma trajetória — agravando o déficit humanitário global.

Sem recursos, aumentam os casos de doenças infecciosas, desnutrição e mortalidade infantil em países subdesenvolvidos.

E agora? 🔮

De um lado, o governo americano justifica os cortes como medida necessária, alegando má gestão e a urgência de investir em prioridades internas.

Por outro lado, especialistas e organizações acusam a decisão de negligência humanitária, afirmando que milhões de vidas estão em risco — muitas delas, de crianças.