Uma nova pesquisa revelou um efeito inesperado da vacina contra o herpes-zóster: vacinados apresentaram risco 20% menor de desenvolver demência nos anos seguintes.

O estudo, liderado por cientistas de Stanford, analisou dados de idosos no País de Gales ao longo de sete anos.

A estratégia de vacinação, aplicada apenas aos que tinham exatamente 79 anos, criou uma divisão natural entre vacinados e não vacinados, permitindo uma comparação confiável.

A relação entre o vírus e o cérebro

O vírus da herpes zóster, responsável pela catapora na infância, pode permanecer adormecido nos nervos por décadas.

Com o envelhecimento ou queda da imunidade, ele pode se reativar, causando inflamação nos tecidos nervosos.

🩺Essa inflamação pode afetar estruturas cerebrais, e está associada a um risco maior de doenças neurodegenerativas, como a demência.

Na prática, acredita-se que a resposta inflamatória crônica provocada pelo vírus contribua para danos neuronais e declínio cognitivo progressivo.

O papel protetor da vacina

Ao impedir a reativação do vírus, a vacina pode reduzir a inflamação no cérebro e proteger contra danos neuronais.

Outra teoria é que ela fortalece o sistema imunológico como um todo, ajudando o organismo a combater outros agentes relacionados à neurodegeneração.

Além disso, um ponto destacado no estudo foi o fato de que mulheres tiveram um benefício ainda maior a partir da vacinação.

Ainda assim, vale ressaltar: Por serem descobertas relativamente novas, ainda não há um consenso unânime a respeito de quais mecanismos fisiológicos conferem esse fator de proteção.

Por esse motivo, a ideia dos cientistas que realizaram o estudo é aprofundar as pesquisas, com o intuito de alcançar evidências cada vez mais específicas.