Em 1921, a vacina para a tuberculose foi criada por Léon Calmette e Alphonse Guérin, dando origem à famosa vacina BCG.

Apesar da imunização existir há mais de 100 anos — sua eficácia contra a forma pulmonar em adultos ainda é limitada. E é sobre isso que vamos falar hoje.

Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Weill Cornell Medicine desenvolveram uma nova abordagem: bactérias geneticamente modificadas que "se autodestroem”.

Sobre a doença

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, transmitida principalmente pela respiração de gotículas contaminadas.

Geralmente afeta os pulmões, causando tosse prolongada, febre, suor noturno e perda significativa de peso.

🩺Pode atingir outros órgãos, como rins, ossos e cérebro, especialmente em pessoas com imunidade comprometida.

Embora exista tratamento eficaz com antibióticos específicos, a tuberculose permanece sendo um importante problema de saúde global.

Pensando fora da caixa

Para driblar o problema, o grupo de cientistas desenvolveu duas versões modificadas da vacina original, contendo genes de enzimas chamadas lisinas.

Na prática, estas lisinas atuam como "interruptores", podendo ser ativadas ou desativadas a partir do uso de antibióticos específicos.

🩺Portanto, a estratégia é simples: Primeiro, as bactérias estimulam o sistema imunológico, e depois são eliminadas rapidamente com a retirada do antibiótico.

Embora animadores, os resultados ainda precisam passar por testes clínicos rigorosos, já que foram constatados apenas em macacos.

Inclusive, colaborações com a Harvard Medical School visam acelerar o processo. Ainda assim, testes em humanos são caros e demorados.