🦠 Por essa você não esperava. Cientistas modificaram geneticamente uma bactéria que agora é capaz de transformar plástico PET em Paracetamol.

Atualmente, o conhecido analgésico é feito a partir de derivados do petróleo, mas o estudo — publicado na Nature Chemistry — aponta que existem caminhos mais sustentáveis.

Química e biologia unidas 🤝

Os cientistas começaram degradando quimicamente o plástico PET — comum em embalagens — até obter moléculas menores, capazes de servir como ponto de partida para novas reações.

• Entre essas moléculas, escolheram uma que pudesse passar pelo rearranjo de Lossen, uma reação antes possível apenas em laboratório — mas que descobriram ocorrer também dentro das células.

Inseriram essa molécula em culturas da bactéria Escherichia coli, onde a reação prosseguiu, gerando um composto intermediário essencial para fabricar paracetamol.

🩺 Depois, modificaram geneticamente a bactéria para produzir enzimas que completassem os passos finais da síntese do medicamento.

O resultado? Conseguiram converter até 92% do plástico degradado em paracetamol, unindo processos químicos e biológicos de forma inédita.

Próximos passos 🔮

Com o sucesso do experimento, a equipe trabalha com empresas como a AstraZeneca para escalar o processo.

Ainda há desafios, principalmente porque a etapa química que gera o intermediário para a complexa reação de Lossen não é fácil de ampliar industrialmente.

Ainda assim, encontrar uma forma sustentável de produzir um dos medicamentos mais consumidos do mundo já é uma vitória incrível.