O SUS começará a substituir o tradicional papanicolau pelo exame molecular de DNA-HPV ainda este ano.

A mudança permitirá que, em casos negativos, o intervalo entre os exames passe de 3 para 5 anos, sem comprometer a segurança do paciente.

A faixa etária para o rastreio segue a mesma: de 25 a 49 anos, quando não houver sintomas ou suspeita de infecção.

O novo protocolo foi apresentado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e aprovado por órgãos técnicos. Até o momento, as instituições aguardam a aprovação do Ministério da Saúde.

A decisão segue recomendações da OMS, que desde 2021 indica o teste de DNA-HPV como exame primário mais eficaz no combate ao câncer de colo do útero.

🩺 O câncer de colo do útero é causado, na maioria dos casos, pela infecção persistente pelo vírus HPV, especialmente pelos tipos 16 e 18.

No Brasil, é o terceiro tumor mais frequente entre mulheres, com cerca de 17 mil novos casos por ano. Por esse motivo, a detecção precoce e a vacinação contra HPV são fundamentais para prevenir o surgimento de mais casos da doença.

Vantagens clínicas do novo teste

Segundo o Inca, o teste tem alta sensibilidade e um valor preditivo negativo muito mais confiável.

🩺 Isso permite maior segurança para alongar o intervalo entre coletas — e reduz exames desnecessários.

Por fim, o exame também identifica os subtipos do HPV, como os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% das lesões que podem evoluir para câncer.