Referência em saúde. Segundo o jornal inglês The Telegraph, o Sistema Único de Saúde (SUS) pode estar servindo de inspiração para futuras reformas no sistema de saúde britânico.

O governo do Reino Unido está acompanhando de perto a atuação dos agentes comunitários de saúde no Brasil — e testando um modelo semelhante no bairro de Pimlico, em Londres.

Curiosidade: O modelo do SUS no Brasil, que parte da ideia de garantir saúde como direito universal e dever do Estado, foi fortemente inspirado no modelo do National Health Service (NHS), sistema público de saúde britânico

Décadas depois, o Sistema Único de Saúde cresceu com suas próprias soluções — adaptadas à realidade brasileira, e enraizadas em princípios que atravessaram o oceano.

🏠 Do SUS ao NHS

Agora, parece que o jogo virou. O SUS, antes aprendiz, vira referência internacional em cuidado territorializado e humanizado. Segundo os especialistas do Reino Unido, a intenção do país é aprender mais sobre a Estratégia de Saúde da Família brasileira.

🩺 Conforme informado pelo The Telegraph, os agentes brasileiros trouxeram “melhorias drásticas” aos indicadores populacionais de saúde.

Inclusive, em 2024, gestores do NHS visitaram o Rio de Janeiro e assinaram uma carta de intenções para a cooperação médica entre ambas as nações.

Falando sobre a Estratégia de Saúde da Família…

Ela é a principal forma de organização da atenção primária no Brasil. Seu objetivo é promover cuidado integral, contínuo e humanizado, com foco na prevenção de doenças e na promoção da saúde.

Cada equipe da ESF atua em uma área específica e definida, acompanhando as famílias ao longo do tempo.

🩺 Ela é composta por médicos, enfermeiros, técnicos e agentes comunitários que visitam as casas e fortalecem o vínculo com a comunidade.

A ideia é que, através da prevenção, o modelo consiga “desafogar” outros setores, reduzindo internações ou tratamentos de alto custo, ou complexidade.

E agora?

Apesar do entusiasmo, o jornal questiona se o Reino Unido tem, hoje, o mesmo senso de comunidade — que torna o modelo brasileiro possível.

A pergunta que eles se fazem é: Será que bater na porta de um cidadão britânico e conversar com ele sobre sua família e saúde é tão “ok” quanto fazer isso no Brasil?

Pela experiência própria do estagiário, a abertura cultural brasileira é bem grande. Em suas visitas domiciliares nas aulas de Saúde da Família da faculdade, a Dona Neide sempre faz seu maravilhoso bolo de fubá para toda a equipe.

Por fim, devemos ser realistas: O SUS é perfeito? Com certeza não. O sistema ainda precisa melhorar muito em eficiência, alcance e qualidade.

Ainda assim, vale reconhecer que o modelo também tem seus méritos, e foi responsável por uma grande melhora dos indicadores de saúde desde sua fundação.