Não beba destilados se não tiver certeza absoluta da origem.

Essa foi a frase dita recentemente pelo Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha. O motivo? No último mês, o Ministério da Saúde já confirmou 43 notificações de intoxicação por metanol — e os números não param de crescer.

• O consumo ocorre em bares e festas, envolvendo bebidas como gin, vodka e whisky — supostamente adulteradas com metanol.

Segundo o Ministério da Justiça, trata-se de um cenário atípico, já que os casos, antes restritos a populações vulneráveis, agora se expandem.

Apesar de a maioria das intoxicações se concentrarem em São Paulo, também há relatos em outros estados, como em Pernambuco. Ao todo, 6 mortes já foram registradas.

Um olhar médico 🩺

A intoxicação por metanol ocorre quando o corpo metaboliza essa substância em compostos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico.

Esses metabólitos afetam principalmente o sistema nervoso central, podendo causar tontura, náuseas, vômitos e confusão mental nas primeiras horas após a ingestão.

Uma das complicações mais graves é a lesão do nervo óptico, que pode levar à cegueira irreversível.

🩺 Conforme a concentração aumenta, há risco de acidose metabólica, um desequilíbrio químico no sangue que compromete o funcionamento dos órgãos.

Se não tratada rapidamente, a intoxicação pode evoluir para convulsões, coma e morte por falência respiratória. O tratamento exige antídotos específicos, suporte intensivo e, em casos graves, hemodiálise para remover o metanol do organismo.

E agora? ⚠️

As autoridades sanitárias recomendam que a população:

• Evite consumir bebidas de origem duvidosa;
• Compre apenas produtos com registro oficial e selos de fiscalização;
• Evite locais sem alvará de funcionamento.

O Ministério da Justiça também alertou para o risco de surtos e reforçou a necessidade de vigilância ativa em bares, distribuidoras e pontos de venda.

Por fim, a população deve procurar atendimento médico imediato ao primeiro sinal de intoxicação, mesmo que os sintomas pareçam leves.

Aos que quiserem entender melhor, aqui vai uma série de recomendações oficiais do Ministério da Saúde.