Novo estudo refuta possível relação entre paracetamol e autismo
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Novo estudo refuta possível relação entre paracetamol e autismo


(Imagem: The Guardian)
No fim de setembro, uma declaração do presidente americano Donald Trump reacendeu uma preocupação antiga: o uso de paracetamol durante a gravidez pode aumentar o risco de autismo?
A resposta da ciência? Até o momento, não há evidências que sustentem essa associação.
Sobre a teoria 🤔
A suspeita surgiu após estudos observarem que crianças expostas ao paracetamol no útero apresentavam taxas ligeiramente mais altas de autismo.
- Assim, pesquisadores levantaram a hipótese de que o medicamento poderia interferir no desenvolvimento neurológico, afetando processos inflamatórios e hormonais.
Além disso, o paracetamol atravessa a placenta, o que gera preocupações sobre seu impacto direto no cérebro em desenvolvimento.
🩺 No entanto, muitos desses estudos não consideraram fatores genéticos ou ambientais, que também influenciam o risco de autismo.
Diante da polêmica, a Dra. Shakila Thangaratinam, obstetra e professora da Universidade de Liverpool, conduziu, junto à sua equipe, uma revisão sistemática das evidências disponíveis, publicada no conceituado British Medical Journal.
O objetivo era simples: oferecer respostas baseadas em ciência — não em boatos.
O que o estudo revelou?

A maioria das pesquisas que sugerem associação entre o paracetamol e o desenvolvimento de autismo ou TDAH em crianças não controla um fator-chave: o histórico familiar.
Ou seja, muitas vezes essas condições já estavam presentes em outros membros da família — e não necessariamente foram causadas pela exposição ao medicamento.
Quando os cientistas analisaram estudos bem conduzidos, especialmente aqueles que comparavam irmãos com diferentes exposições ao paracetamol, a associação desapareceu.
Isso indica que fatores genéticos ou ambientais compartilhados dentro da família explicam melhor os resultados. Muitos estudos anteriores, por não controlarem essas variáveis, acabaram superestimando o risco.
Além disso, o uso de paracetamol geralmente ocorre devido a febre ou infecções, que por si só podem afetar a gestação.
PS: Aos que quiserem se aprofundar no assunto, aqui está o artigo científico completo.

Redação
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