Novo estudo refuta possível relação entre paracetamol e autismo

BIG STORY

Novo estudo refuta possível relação entre paracetamol e autismo

Redação
Redação
14 novembro 2025Última atualização: 13 novembro 2025

(Imagem: The Guardian)

No fim de setembro, uma declaração do presidente americano Donald Trump reacendeu uma preocupação antiga: o uso de paracetamol durante a gravidez pode aumentar o risco de autismo?

A resposta da ciência? Até o momento, não há evidências que sustentem essa associação.

Sobre a teoria 🤔

A suspeita surgiu após estudos observarem que crianças expostas ao paracetamol no útero apresentavam taxas ligeiramente mais altas de autismo.

  • Assim, pesquisadores levantaram a hipótese de que o medicamento poderia interferir no desenvolvimento neurológico, afetando processos inflamatórios e hormonais.

Além disso, o paracetamol atravessa a placenta, o que gera preocupações sobre seu impacto direto no cérebro em desenvolvimento.

🩺 No entanto, muitos desses estudos não consideraram fatores genéticos ou ambientais, que também influenciam o risco de autismo.

Diante da polêmica, a Dra. Shakila Thangaratinam, obstetra e professora da Universidade de Liverpool, conduziu, junto à sua equipe, uma revisão sistemática das evidências disponíveis, publicada no conceituado British Medical Journal.

O objetivo era simples: oferecer respostas baseadas em ciência — não em boatos.

O que o estudo revelou?

(Imagem: British Medical Journal)

A maioria das pesquisas que sugerem associação entre o paracetamol e o desenvolvimento de autismo ou TDAH em crianças não controla um fator-chave: o histórico familiar.

Ou seja, muitas vezes essas condições já estavam presentes em outros membros da família — e não necessariamente foram causadas pela exposição ao medicamento.

Quando os cientistas analisaram estudos bem conduzidos, especialmente aqueles que comparavam irmãos com diferentes exposições ao paracetamol, a associação desapareceu.

Isso indica que fatores genéticos ou ambientais compartilhados dentro da família explicam melhor os resultados. Muitos estudos anteriores, por não controlarem essas variáveis, acabaram superestimando o risco.

Além disso, o uso de paracetamol geralmente ocorre devido a febre ou infecções, que por si só podem afetar a gestação.

PS: Aos que quiserem se aprofundar no assunto, aqui está o artigo científico completo.

Redação

Redação

Emoji de dedo apontando para a telaseu feedback importa!

Queremos sempre melhorar a experiência a sua experiência. Se puder, dê uma forcinha para o time de redação e conte o que você achou da edição de hoje.

1/2 - O que achou do post?

  • Ruim
  • Ótimo
Waffle

waffle | criando marcas que você gosta de consumir

junte-se a mais de 2 milhões de pessoas e receba nossos conteúdos com base no que mais se adequar a você

reflexões e experiências que despertam o seu melhor. para uma mente forte e uma vida leve

inscreva-se
terça e quinta, às 05:15

seu novo guia favorito! dicas de restaurantes, bares, exposições, filmes, livros, arte, música e muito mais.

inscreva-se
toda quinta às 11:11

um one-on-one com uma curadoria de conteúdos sobre carreira

inscreva-se
toda segunda, às 18:18

para começar o seu dia bem e informado: mais inteligente em 5 minutos

inscreva-se
sempre às 06:06 manhã