A pesquisa, publicada na Nature, aponta que a estratégia pode salvar milhares de crianças, especialmente em regiões com alta prevalência da infecção.
🩺 O HIV ainda infecta cerca de 1,3 milhão de pessoas por ano, incluindo quase 300 crianças diariamente.
Bebês expostos ao vírus durante a gestação ou pela amamentação têm alto risco de infecção — e enfrentam barreiras no acesso a tratamentos eficazes e contínuos.
A aplicação de uma única dose ao nascer pode oferecer proteção duradoura nos primeiros anos de vida — justamente quando a vulnerabilidade é maior.
Além disso, reduz a necessidade de medicamentos diários, que são caros e difíceis de manter.
Como funciona?
Cientistas usaram um vírus adeno-associado inofensivo para levar às células musculares instruções genéticas que as fazem produzir continuamente anticorpos neutralizantes contra o HIV.
🩺 Na prática, isso significa que os cientistas usaram um “vírus mensageiro”, que não causa doença, para entregar um tipo de “manual de instruções” às células do músculo.
A partir daí, essas células passam a fabricar sozinhas anticorpos especiais que reconhecem e combatem o HIV.
Na África Subsaariana, por exemplo, o número salta para 640 a cada 100 mil habitantes.
(Imagem: Waffle Studios)
Se os resultados se confirmarem em humanos, essa inovação pode revolucionar o tratamento infantil do HIV e salvar dezenas de milhares de vidas.
Mas é importante ter cautela: resultados em animais nem sempre se traduzem em humanos. Novos estudos clínicos serão essenciais para comprovar a eficácia e segurança da abordagem em bebês.