Sim, você leu certo. Após anos sendo um dos maiores desafios da saúde pública, o Brasil está finalmente virando o jogo contra a hepatite C.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, na última década, saímos de mais de um óbito a cada 100 mil habitantes para apenas 0,4 em 2024.

Sobre a doença 🩺

A hepatite C é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV), um vírus de RNA da família Flaviviridae.

• A infecção ocorre principalmente por contato com sangue contaminado, sendo comum em transfusões antigas, uso compartilhado de agulhas ou materiais não esterilizados.

Na fase inicial, muitos infectados não apresentam sintomas, o que favorece a evolução silenciosa para formas crônicas.

🩺 Quando não tratada, a doença pode causar fibrose hepática, cirrose e aumentar o risco de câncer de fígado.

O diagnóstico é feito por exames de sangue que detectam anticorpos e confirmam a presença do RNA viral.

Grandes avanços

Apesar de ainda ser a principal causa de morte entre as hepatites virais — com 51,6% dos óbitos —, a queda é consistente em todas as regiões do país.

O avanço está diretamente ligado ao uso dos antivirais de ação direta (DAAs), introduzidos em 2014 e distribuídos pelo SUS desde 2015.

• Esses medicamentos revolucionaram o tratamento, eliminando o vírus em 8 a 12 semanas, com taxas de cura acima de 95%.
• Para se ter uma ideia, o tratamento antigo levava cerca de um ano e curava apenas 50% dos pacientes.

Além disso, políticas públicas ampliaram o diagnóstico precoce, permitindo tratar a infecção antes de complicações graves, como cirrose ou câncer no fígado.

E agora? 🔮

Mesmo com os avanços, o diagnóstico continua sendo um enorme desafio. Estima-se que 70% dos brasileiros infectados desconheçam a infecção.

Portanto, diante de qualquer suspeita, faça o teste, que está disponível gratuitamente em postos de saúde para toda a população.

PS: Aos que quiserem se aprofundar no assunto, aqui estão as diretrizes do Ministério da Saúde sobre a doença.