Uma revisão conduzida por especialistas da New York University (NYU) concluiu que a exposição precoce a substâncias usadas em plásticos pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas.

O trabalho reuniu centenas de estudos e demonstrou relações entre esses químicos e problemas como obesidade, infertilidade, asma, doenças cardiovasculares e até redução de QI.

Como plásticos afetam o corpo 🧪

Entre todas as classes de compostos utilizadas na fabricação de produtos, três se destacaram:

• Ftalatos (associados à flexibilidade);
• Bisfenóis (associados à rigidez);
• PFAS (com propriedades de resistência e repelência)).

Alguns desses compostos conseguem imitar ou bloquear hormônios naturais, alterando processos essenciais do corpo.

A desregulação hormonal pode afetar o crescimento, a fertilidade e o metabolismo, favorecendo doenças como obesidade e infertilidade.

🩺 Além disso, essas substâncias podem causar inflamação crônica, danificando tecidos e aumentando o risco de asma e problemas cardiovasculares.

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Impactos globais 🌎

Os autores defendem medidas mais rígidas para reduzir o uso desnecessário de plástico, sobretudo em comunidades vulneráveis.

O tema será debatido no Plastics, Human Health, and Solutions Symposium, da NYU Langone, e também integra as negociações do Tratado Global sobre Plásticos da ONU.

🇺🇸 Apenas nos Estados Unidos, estima-se que os custos anuais de saúde atribuídos à exposição a plásticos alcancem US$ 250 bilhões.

O que fazer?

Países podem adotar mudanças simples, como substituir recipientes plásticos por vidro ou aço inoxidável e evitar levar plásticos ao micro-ondas.

Apesar dos riscos, os pesquisadores ressaltam que o material continua sendo indispensável na medicina, inclusive em equipamentos vitais para crianças.

De modo geral, o alerta é contra o uso desnecessário de plásticos no dia a dia, que aumenta a carga tóxica desde cedo.