
Cientistas criam embrião humano com DNA retirado de células da pele
BIG STORY
Cientistas criam embrião humano com DNA retirado de células da pele


(Imagem: Science)
Pela primeira vez na história, cientistas norte-americanos conseguiram produzir embriões humanos a partir de células da pele— fertilizados com espermatozoides.
O feito marca um salto histórico na medicina reprodutiva — e levanta uma série de debates sobre os rumos éticos e científicos dessa nova fronteira.
Ainda em fase experimental, a técnica tem potencial para contornar a infertilidade causada por doenças ou pela idade — e ampliar as chances de reprodução de pessoas antes vistas como “inférteis”.
Sobre o estudo 📑
Conduzido por pesquisadores da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon — e publicado na revista Nature Communications —, o estudo gerou 82 óvulos funcionais, dos quais alguns evoluíram até o 6º dia de desenvolvimento embrionário.
O processo começa com a retirada do núcleo de uma célula da pele, que contém todo o DNA da pessoa.
Esse núcleo é então inserido em um óvulo doador que teve seu próprio material genético removido, criando uma célula com novo comando genético.

🧬 Para que esse óvulo possa ser fertilizado, ele precisa eliminar metade de seus cromossomos, em um processo que os cientistas chamam de “mitomeiose” — uma espécie de mistura entre a mitose e a meiose.
🩺 Após essa etapa, o óvulo reconfigurado é fertilizado com um espermatozoide, iniciando o desenvolvimento embrionário.
Alguns embriões chegam a se dividir e formar estruturas iniciais, semelhantes às dos embriões naturais nos primeiros dias.
No entanto, como o processo ainda é instável, cerca de 9% dos óvulos formam combinações genéticas incorretas e não se desenvolvem normalmente.
E agora?
Na prática, estamos apenas começando a explorar os limites da biotecnologia reprodutiva. Por isso, esse tipo de inovação exige transparência e uma regulação rigorosa.
E, como toda grande descoberta científica, ela traz mais perguntas do que respostas:
- 🧠 Como evitar que o óvulo, ao descartar cromossomos, cometa erros genéticos que resultem em doenças hereditárias ou inviabilidade do embrião criado artificialmente?
- 👶 É possível garantir que os indivíduos gerados por essa técnica terão desenvolvimento físico e mental saudável mesmo sem estudos de longo prazo em humanos?
Por essas e outras razões, a equipe científica estima que uma aplicação prática do procedimento só será possível daqui a cerca de uma década.
PS: Aos que quiserem entender melhor sobre o tema, aqui vai o artigo científico completo.

Redação
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