Câncer de apêndice triplicar entre os nascidos após 1980
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Câncer de apêndice triplicar entre os nascidos após 1980
Redação
20 junho 2025Última atualização: 19 junho 2025
(Imagem: New Scientist)
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O câncer de apêndice sempre foi tão incomum que muitos médicos passavam a carreira sem ver um único caso. Quando aparecia, era quase sempre em adultos mais velhos ou idosos.
O câncer de apêndice é um tumor raro que se desenvolve no apêndice, uma pequena estrutura ligada ao intestino grosso.
Ele pode crescer de forma silenciosa, sem causar sintomas evidentes, e muitas vezes é descoberto por acaso, durante uma cirurgia para apendicite.
Pela dificuldade de diagnosticá-lo precocemente, o tratamento costuma envolver cirurgia e, em alguns casos, quimioterapia, dependendo da extensão e do tipo do tumor.
Hoje, 1 em cada 3 diagnósticos ocorre em adultos com menos de 50 anos — algo extremamente incomum entre cânceres gastrointestinais.
(Imagem: Waffle Studios)
Na prática, se você nasceu depois de 1980, suas chances de ter câncer no apêndice triplicaram. Se nasceu após 1985, as chances quadruplicaram.
O que está por trás disso?
Ainda não há um consenso na comunidade científica, pois a origem do câncer é multifatorial. No entanto, alguns fatores são apontados como possíveis influências epidemiológicas:
Aumento do consumo de alimentos ultraprocessados
Explosão da obesidade
Sedentarismo
Além disso, há investigações em andamento sobre o impacto da exposição a plásticos, pesticidas e alterações na microbiota intestinal, especialmente pelo uso excessivo de antibióticos.
Como posso me proteger?
Embora não exista uma forma específica de prevenir o câncer de apêndice, adotar hábitos saudáveis pode reduzir o risco geral de câncer gastrointestinal. Aqui estão algumas orientações:
Pratique atividade física e mantenha um peso adequado
Consuma uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais
Evite cigarro, álcool e alimentos ultraprocessados
Diferente do câncer de intestino, o de apêndice não possui rastreio padrão. Seus sintomas — dor abdominal leve, gases e alteração no hábito intestinal — são inespecíficos.
Por isso, tanto médicos quanto pacientes devem ficar atentos, especialmente quando os sintomas persistem.