Foi identificado em Piracicaba, no estado de São Paulo, o primeiro caso de infecção por Trichophyton indotineae, um fungo resistente a tratamentos convencionais.

O paciente infectado é um homem de 40 anos, morador de Londres, com histórico de viagens pela Europa, incluindo países como Áustria, Polônia e Turquia.

A infecção se manifestou como uma micose persistente, com lesões avermelhadas e descamativas nos glúteos e pernas.

Apesar de várias tentativas de tratamento, o quadro não melhorava. Isso levou a médica do paciente, Dra Renata Diniz, a suspeitar de um fungo resistente.

🩺 Após contato com o especialista John Verrinder Veasey, o material foi analisado pelo Instituto de Medicina Tropical da USP — que confirmou a presença do fungo.

No momento em que foi feito o tratamento, a doença apresentou uma remissão. Contudo, pouco tempo depois, ocorreram episódios de recidiva (ou seja, reaparecimento da infecção após um período em que não foi detectável nos exames).

Sobre o patógeno

O Trichophyton indotineae é um fungo dermatófito resistente aos principais antifúngicos usados na prática médica. Ele provoca lesões cutâneas persistentes, vermelhas e descamativas, especialmente em áreas úmidas da pele.

🩺 Apesar de não invadir órgãos internos ou oferecer riscos diretos à vida, o microrganismo tem alto potencial de recidiva, o que dificulta a sua cura completa.

Seu maior risco está na resistência ao tratamento e na fácil transmissão por contato direto ou por objetos contaminados.

O que levar disso?

Por ora, não há qualquer motivo para desespero. Ainda assim, aqui vão algumas dicas de higiene para evitar infecções desse tipo:

• Evite compartilhar toalhas, roupas ou objetos de uso pessoal;
• Não deixe a pele úmida por muito tempo, especialmente em áreas de dobra;
• Lave bem as mãos e corpo após atividades em locais públicos;

PS: De modo geral, estas são algumas medidas que todos nós deveríamos levar para o nosso dia a dia, independente de qualquer fungo ou bactéria.