Recentemente, o Sudão completou 500 dias do início de um verdadeiro pesadelo humanitário — causado por uma guerra que não parece ter fim.

Devido ao cenário de extremo perigo, a maioria das instituições internacionais já saiu do país. Ainda assim, uma delas segue atuando normalmente: A “Médicos sem Fronteiras”.

Conflito e Crise Humanitária

Os confrontos entre as Forças de Apoio Rápido (FAR) e as Forças Armadas Sudanesas (FAS) se espalharam por todo o país, gerando uma crise sem precedentes.

Desde o início do conflito, a “Médicos sem Fronteiras” já tratou mais de 12 mil pacientes considerados “gravemente feridos”. Além disso, mais de 10 milhões de sudaneses foram forçados a deixar suas casas, localizadas em “áreas de risco”.

Um “efeito dominó”

Ao deixar seus lares, a população frequentemente migra para campos de refugiados — onde a higiene e o saneamento básico são precários.

E não para por aí: A segurança alimentar da população infantil também foi severamente comprometida. Desde o início da Guerra, a MSF já tratou quase 35 mil crianças com quadro de “desnutrição severa”.

No entanto, esse número corresponde a apenas uma fração da realidade. Segundo dados da ONU, 28 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar na região.

Em outras palavras, é muito provável que uma geração inteira desenvolva problemas de saúde crônicos associados à desnutrição.

🩺 Distúrbios alimentares na infância causam atrasos no crescimento, deficiência cognitiva e maiores vulnerabilidades a possíveis infecções.

Apelo às instituições

Diante do cenário catastrófico, a população e as autoridades apelam por uma intervenção emergencial das Nações Unidas.

Ainda assim, não há qualquer expectativa de fim do conflito até o momento, visto que ambas as partes se recusam a chegar a um acordo.